Sector aéreo chinês terá dificuldades com tráfego

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fap22
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Sector aéreo chinês terá dificuldades com tráfego

Mensagem por fap22 »

A infra-estrutura aeroportuária chinesa vai ser duramente testada neste ano. As altas taxas de crescimento no tráfego e a busca por recursos para expansão do setor são os principais desafios que a China terá em 2008, segundo um relatório do Centro para a Aviação na Ásia e Pacífico (CAAP) divulgado hoje.

A Administração Geral de Aviação Civil da China (CAAC, na sigla em inglês) recentemente anunciou planos para construir 43 novos aeroportos até o fim de 2010, para um total de 190, número que seria aumentado para 244 até 2020. Essa escala de construção de aeroportos é inédita em todo o mundo. O financiamento dessa operação não será fácil, com os gastos principais recaindo provavelmente sobre os governos provinciais, afirma o executivo-chefe de operações do CAAP, Derek Sadubin.

Segundo ele, ainda é preciso levar em conta que nos últimos anos o país não foi capaz de cumprir suas metas de construção de aeródromos civis. O número de instalações de pouso e decolagem comerciais na China tem se mantido estável nos últimos anos, o que indica, na opinião de Sadubin, que a meta da CAAC pode ser difícil de ser cumprida.

Apesar de não ter aumentado o número de aeroportos, o segmento aeroportuário chinês tem elevado seu faturamento a taxas significativas. Entre janeiro e novembro do ano passado, segundo o relatório, o lucro dos aeroportos chineses aumentou 31%, para US$ 537,9 milhões - e com faturamento total de US$ 2,7 bilhões.

A saúde financeira do setor, porém, mascara o fato de que os aeroportos chineses são conhecidos por sua infra-estrutura inadequada e por serem mal administrados. Além disso, há o fato de que a maioria dos aeroportos regionais no país operam, na verdade, no vermelho. O crescimento é garantido, principalmente, pelos grandes terminais internacionais.

Muito do prejuízo advém de gastos com os altos juros de dívidas relacionadas à construção. Mas esses prejuízos são uma consideração secundária, em vista do esforço de Pequim em tentar espalhar o desenvolvimento econômico por regiões mais pobres e melhorar o acesso ao transporte para a população e incentivar a indústria, diz o relatório.

Apenas no ano passado, o tráfego nos aeroportos chineses cresceu 16% ante 2006, para 385 milhões de passageiros. Em se mantendo as atuais taxas de expansão, o tráfego anual pode superar os 500 milhões antes mesmo do fim da década, segundo dados do CAAP.

Outro importante gargalo na infra-estrutura chinesa é a administração do espaço aéreo civil do país. O congestionamento de tráfego, especialmente nas regiões dos deltas dos rios da Pérola e Yangtze pode levar ao colapso do sistema aéreo chinês durante as Olimpíadas deste ano, que serão realizadas em Pequim. A solução desse problema, portanto, é considerada prioritária pelo CAAP para o futuro de curto prazo do setor aéreo chinês.

Por fim, outro problema que deve permear o país neste ano é a consolidação das companhias aéreas chinesas. Segundo Sadubin, o setor aéreo chinês está em seu principal momento desde a descentralização, realizada em 1985. Com a Olimpíada de Pequim em agosto, a indústria estará no centro das atenções da mídia mundial, ao mesmo tempo que será analisada a fundo por investidores em busca de indícios de como será a evolução das companhias aéreas do país, diz Sadubin.