Aeronáutica Portuguesa desenvolve ECO-AVIÃO
Classificação: 0 de 5 - voto(s)
Por Rasgaceus às 16:53 08/05/2009
Projecto AEROCORK está a testar a utilização de materiais de cortiça em aviões ultraleves
A utilização de materiais compósitos de cortiça na construção de aviões civis ultraleves está a ser desenvolvida e testada através do projecto AEROCORK, no qual vão ser investidos 1,27 milhões de euros, sendo cerca de 50% desse valor financiado pelo QREN. O consórcio gestor deste investimento é composto pela DynAero Ibérica, a Corticeira Amorim, através da Amorim Cork Composites, o PIEP - Pólo de Inovação em Engenharia de Polímeros da Universidade do Minho e a Active Space Technologies (AST).
O consórcio AEROCORK está a promover o desenvolvimento de um avião ultraleve ecológico através da produção, ensaio e certificação de compósitos de cortiça - gama Corecork - com o propósito de substituir materiais sintéticos em aviões da Dyn'Aero Ibérica, prevendo-se os primeiros ensaios de vôo para o segundo semestre de 2010, para posterior homologação pelas autoridades portuguesas.
A gama Corecork apresenta-se como uma das alternativas mais promissoras aos materiais sintéticos para a construção de painéis sandwich, fundamentais para a integridade estrutural da aeronave. Além das suas características estruturais únicas, a cortiça possui inegáveis vantagens ambientais é um material sustentável, ecológico, natural e reciclável -, esperando-se uma diminuição do impacto ambiental da indústria aeronáutica.
A DynAero Ibérica, sediada em Ponte de Sôr, onde fabrica integralmente um dos aviões ultraleves com melhor performance do mundo, irá testar os novos componentes de cortiça em funções estruturais e de segurança aeronáutica. O protótipo terá o como base o avião MCR actualmente em produção.
A Corticeira Amorim, líder mundial na produção e desenvolvimento de compósitos de cortiça, está a fornecer o know-how na área dos aglomerados mais ajustados às aplicações aeronáuticas. O Pólo de Inovação em Engenharia de Polímeros da Universidade do Minho será responsável pela previsão do comportamento mecânico dos aglomerados e desenvolvimento de modelos constitutivos através de sistemas avançados de simulação computacional. A Active Space Technologies, por seu lado, irá desenvolver o projecto CAD e a análise estrutural e térmica dos componentes desenvolvidos, bem como a sua optimização.